Rio vai oferecer laqueadura de graça e sem cirurgia a partir de novembro
A
partir de novembro, a rede pública municipal de saúde oferecerá às
mulheres um novo método de laqueadura. Trata-se da laqueadura tubária
ambulatorial, um procedimento minimamente invasivo que não necessita de
internação e pode ser realizado em cerca de 15 minutos. Com a técnica, a
Secretaria municipal de Saúde espera reduzir a espera de 1.700 cariocas
que aguardam pela esterilização.
— Essa novidade nos trará a
vantagem de atender até 20 pacientes por dia, o que diminuirá
substancialmente a fila — diz a ginecologista Laura Osthoff, médica do
Hospital da Mulher Mariska Ribeiro.
Para ter acesso à laqueadura, é
preciso procurar uma unidade de atenção primária (posto de saúde ou
Clínica da Família) e fazer o planejamento familiar. Mulheres a partir
dos 25 anos e/ou com dois filhos estão aptas a participar do programa,
que inclui uma série de consultas, nas quais são mostradas todas as
opções de métodos contraceptivos, a serem frequentadas também pelo
parceiro.
Ao contrário da técnica tradicional (cirúrgica), a
laqueadura tubária ambulatorial não requer incisões nem anestesia — a
paciente toma apenas analgésicos e anti-inflamatórios, via oral, antes
de o procedimento começar. Também não são necessários exames prévios ou
jejum, e a mulher pode retomar as atividades normais imediatamente.
Nesta primeira fase, que vai durar 20 meses, a meta é atender 200 pacientes por mês.
No
planejamento familiar, uma vez que a mulher e o parceiro tenham
manifestado interesse em se submeter ao novo tipo de laqueadura, o casal
deverá assistir a aulas que visam esclarecer como o procedimento é
realizado. Se concordarem com a técnica, ambos têm de assinar um termo
de autorização. Só então o atendimento da paciente é agendado.
A princípio, todas essas laqueaduras serão realizadas no Hospital da Mulher Mariska Ribeiro, em Bangu.
Presença
de muitos miomas, malformações do útero, infecções em curso e alergia a
níquel e titânio (metais presentes no stent usado no procedimento) são
fatores que impedem a realização da laqueadura tubária ambulatorial.
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