Fosfoetanolamina
é segura e poderá ser regulamentada como suplemento, diz ministro
Baixa toxicidade da substância abre caminhos para sua regulamentação
como suplemento alimentar. Ministério de Ciência e Tecnologia diz que a única
certeza é de que ela não faz mal ao corpo humano
A fosfoetanolamina, droga ao qual foi atribuída efeito antitumoral não
inteiramente comprovado, poderá ser legalizada como suplemento pela baixa
toxicidade. A informação é do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação
(MCTI). Os primeiros estudos, segundo a pasta, demonstraram que o composto é
seguro na quantidade em que é ingerido atualmente –de aproximadamente 1g (cada
pílula possui 330 mg e ela tem sido usada informalmente três vezes ao dia).
Segundo o
ministro Celso Pansera, do MCTI, a aprovação como suplemento evitaria que
famílias recorressem a fontes desconhecidas para ter acesso à droga. A medida,
diz o ministro, asseguraria que a fosfoetanolamina ingerida seja a que de fato
passou pelos testes do MCTI.
No entanto, caberá à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária)
decidir sobre a regulamentação como suplemento. Ainda, para essa aprovação,
seria necessário um pedido formal de laboratório público ou privado na agência.
Nenhum pedido foi protocolado até o momento, mas a orientação do ministério
abre caminho para a iniciativa.
A fostoetanolamina é produzida desde os anos 90. Foto: Cecília
Bastos/USP Imagens
Em audiência no Senado, Pansera disse que a única
certeza sobre a fosfoetanolamina é que não faz mal ao corpo humano e, por isso,
abre-se a possibilidade da aprovação como suplemento. O ministro afirmou
ainda que procurará laboratório ligado ao governo do Estado de São Paulo para
verificar se há interesse no pedido da Anvisa.
O
uso da fosfoetanolamina sem registro para tumores malignos foi aprovado na
Câmara e no Senado e aguarda sanção presidencial. O argumento usado no projeto
de lei foi o de que pacientes têm direito à opção e podem assumir os riscos do
tratamento. A Anvisa condenou a regulação e disse que a liberação sem o seu
aval põe em xeque a credibilidade de todos os medicamentos no País. Link
curto: http://brasileiros.com.br/pi6S3
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